FMC - Facebook Marketing Talks - Novas Pages para marcas com o look and feel da Timeline; um novo tipo de história: offers (para promoções, com o botão de share, para os seus fãs espalharem a promo por aí); Premium: reach generator leva o post da página do anunciante direto para a Home Page da audiência, com promessa de aumento de alcance de 16% para até 75% ou mais da base. Distribuição contratada no corpo do newsfeed (visibilidade muito maior do que na colocação atual, no lado direito da tela); distribuição mobile automática e, a partir de abril, espaço para marcas na mensagem de logout ("logout experience").
Ênfase total em storytelling em oposição ao advertising. Resta entender o conceito um tanto quanto amplo do Facebook do que é uma história. No fundo, um anúncio, ao ser compartilhado por um usuário deixa de ser anúncio e torna-se história? Pode haver grandes discordâncias.
Uma coisa é certa. Estão aperfeiçoando cada vez mais a criação e venda de espaços e interações com o consumidor no FB, abrindo novas opções e oportunidades para as agências e produtores de conteúdo relevante.
Com esse calor e para começar a viajar nas possibilidades, vai um vinho verde bem geladinho.
Insights e Vinhos
Planejamento, publicidade, storytelling, marketing e, por que não? alguns bons vinhos para descontrair. Afinal, com um vinho e bom humor, tudo fica melhor.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Google Earth London
Para relaxar e curtir um pouco de Londres e do que o Google Earth com a renderização dos prédios em 3D pode fazer.
Viaje e abra um Dão branco, geladinho e com a acidez no ponto pro sol que está lá fora. Bom fim de semana!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
O Heroi Interior (The Hero Within)
Atendendo a pedidos, e em respeito aos meus amigos e à minha língua, resolvi fazer uma tradução do meu próprio post anterior (claro que isso também aumenta a leitura do meu blog, né?Então, por favor, podem ler e comentar se acharem que vale a pena)
Steve Jobs morreu. O mundo inteiro lamentou. Todo mundo e mais um pouco de repente tem uma história para contar sobre Jobs. Pessoas tornam-se emotivas, à beira de chorar ao relembrar seu primeiro Mac, o primeiro iPhone, ou começam a se vangloriar: “Eu tive um Newton!”, como esse tipo de coisa lhes desse uma conexão, um laço de intimidade com o homem e sua mente.
E por que isso? Por que o mundo está chorando a morte de um homem que era o CEO da maior corporação do mundo? As corporações não deveriam ser monstros maus, desprovidos de alma, que esmagam o homem comum? Não a Apple. A Apple nos fez sentir algo mais do que pessoas comuns. A Apple nos fez sentir que poderíamos compartilhar o poder. O poder do “eu” – também “i” em inglês. O meu poder. Conferido a nós pelo homem em pessoa a cada lançamento de produto.
Como isso foi acontecer? Toda era tem seus heróis. Steve Jobs foi uma espécie de personificação do herói clássico. Ele não poderia ter esoclhido uma reencenação mais perfeita da Jornada do Herói: os anos de formação, a batalha contra os gigantes, a queda e a traição, o retorno ao lar para liderar seu povo até a terra prometida.
Foi uma jornada quase messiânica, a empreendida por Steve. E o fato de seu nome ser Jobs (trabalhos) foi a perfeita coincidência. Ele viveu tudo isso. E conquistou tudo. Com a faísca da genialidade a cada momento. Ele sabia o que estava fazendo. Ele tinha perfeita consciência de que o seu não era um desafio comum, e que sua popularidade com as pessoas não era apenas por causa de produtos, ou marketing. E ele se assegurava de que tudo passasse o sentimento correto. tudo. Não apenas os produtos, a comunicação, mas suas aparições, suas palestras.
Este é o desafio que se coloca diante da Apple: agora que o herói se foi, ela se transformará no próximo dragão? Ela conseguirá levar a busca adiante? E pelo que ela está lutando agora?
Steve Jobs morreu. O mundo inteiro lamentou. Todo mundo e mais um pouco de repente tem uma história para contar sobre Jobs. Pessoas tornam-se emotivas, à beira de chorar ao relembrar seu primeiro Mac, o primeiro iPhone, ou começam a se vangloriar: “Eu tive um Newton!”, como esse tipo de coisa lhes desse uma conexão, um laço de intimidade com o homem e sua mente.
E por que isso? Por que o mundo está chorando a morte de um homem que era o CEO da maior corporação do mundo? As corporações não deveriam ser monstros maus, desprovidos de alma, que esmagam o homem comum? Não a Apple. A Apple nos fez sentir algo mais do que pessoas comuns. A Apple nos fez sentir que poderíamos compartilhar o poder. O poder do “eu” – também “i” em inglês. O meu poder. Conferido a nós pelo homem em pessoa a cada lançamento de produto.
Como isso foi acontecer? Toda era tem seus heróis. Steve Jobs foi uma espécie de personificação do herói clássico. Ele não poderia ter esoclhido uma reencenação mais perfeita da Jornada do Herói: os anos de formação, a batalha contra os gigantes, a queda e a traição, o retorno ao lar para liderar seu povo até a terra prometida.
Foi uma jornada quase messiânica, a empreendida por Steve. E o fato de seu nome ser Jobs (trabalhos) foi a perfeita coincidência. Ele viveu tudo isso. E conquistou tudo. Com a faísca da genialidade a cada momento. Ele sabia o que estava fazendo. Ele tinha perfeita consciência de que o seu não era um desafio comum, e que sua popularidade com as pessoas não era apenas por causa de produtos, ou marketing. E ele se assegurava de que tudo passasse o sentimento correto. tudo. Não apenas os produtos, a comunicação, mas suas aparições, suas palestras.
Desde o início, a história se desenrola como uma epopéia: o jovem que inventou um computador mágico em uma caixa de madeira que transformaria o mundo. Ao seu lado, seu melhor amigo e feiticeiro fiel. Ambos deixam suas casas para empreender uma busca contra os dragões que ameaçam escravizar a humanidade. A grande, fria corporação azul (big blue é um apelido da IBM). Como o próprio Steve Jobs afirmou no lançamento do Macintosh e do agora histórico comercial 1984 da Chiat, Day, dirigido por Ridley Scott. Ele forjou alianças com as pessoas ao identificar claramente o inimigo comum e ao tomar destemidamente a liderança da luta contra ele. Mas – e isto é fundamental para o seu sucesso – ele entregou o que prometeu. Os produtos, a tecnologia e sua condução da luta tocaram e inspiraram a imaginação de incontáveis defensores, advogados da sua marca. Ele era legítimo. Autêntico. Os dragões podiam até não ser tão terríveis, afinal, mas ele certamente nos fez sentir como se fossem.
Então, ele caiu em uma emboscada. Foi traído. Expulso do seu próprio palácio, da sua terra e do seu povo. Por alguns erros próprios, algumas alianças ruins, algumas escolhas infleizes. O herói tinha caído. Mas o mundo todo observou maravilhado quando ele começou a se levantar. Vagarosamente. De joelhos, ele tomou sua espada e conseguiu ficar novamente de pé. E agora, o que vem a seguir? (next, a marca que ele criou quando deixou a Apple) todos se perguntaram. A batalha que se seguiu foi lenta, sangrenta e quase destruiu o palácio que ele havia construído anos antes.
Mas ele triunfou e retornou para o seu povo. Mas a luta não estava terminada. ela não pode terminar, porque a chama precisa ser mantida acesa. O inimigo original havia sido derrotado até à morte (ao menos no mercado dos computadores pessoais). Mas havia um novo inimigo, ainda mais terrível – e também azul. Um dragão nos portões do palácio. Seu nome: Microsoft. Ele tinha uma arma poderosa, roubada das terras de Apple: o Windows.
Mas o nosso aprendiz de feiticeiro havia evoluído para além disso. Com seus novos poderes, ele levou seu povo para muito além dos domínios do computador pessoal. Ele abriu os mundos da música, entretenimento, mágicas telas sensíveis ao toque. Novamente dando às pessoas a sensação do poder, agora em pequenos gestos que poderiam mudar o mundo. Todo o poder aos nossos dedos. Puro encantamento.
Então, o líder anuncia: a luta terminou para ele. Ele está renunciando. Sua saúde frágil como uma testemunha de sua vida de lutas, de sua longa e gloriosa busca. Ele lutou por nós. No processo, acabou por transformar sua empresa na corporação mais valiosa do mundo.
Este é o poder de uma história. Como Joseph Campbell – antropologista cultural americano – diria: o poder puro do mito.
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The Hero Within
Steve Jobs
died. The whole world mourned. Everybody and your aunt suddenly have a story to
tell about Jobs. People get emotional and at the verge of crying remembering
their first Mac, the first iPhone, or start bragging themselves: “I had a
Newton!”, as if this sort of thing gave them a connection, some intimate tie to
the man and his mind.
Why is
that? Why is the world mourning a man who was the CEO of the world´s largest
corporation? Aren’t corporations supposed to be bad, mean, soul-less behemoths
that crush the common man? Not Apple. Apple has made us feel something more
than common. Apple made us feel that we could share the power. The i power. The
power of me. Bestowed upon us by the man himself at every product launching
event.
How has
that come to be? Every time has its heroes.
Steve Jobs was a kind of modern personification of the classical hero.
He could not have asked for a more perfect reenactment of the Hero’s Journey:
the formation years, the battle against giants, the fall and betrayal, the
return home to lead his people to the promised land.
It was
almost a messianic journey, that of Steve. And that his name happened to be
Jobs was the ultimate coincidence. He lived it all, and conquered all. With a
spark of genius every time and again.
He knew
what he was doing. He was quite conscious that his was not a common challenge,
and that his appeal to the people wasn’t just about products and marketing. And
he made certain it had the right feeling. Everything. Not just the products,
the communication, but his appearances, his speeches.
From the beginning,
the story unfolds as an epic tale: the young man who invented a magical
computer in a wooden box that would change the world. Along with him, his best
friend and faithful sorcerer. Both of them live their homes to go on a quest
against the dragons that menace to enslave humankind. The big blue, cold corporation.
As the young Steve Jobs himself stated in the launching of the Macintosh and the now historic Chiat, Day 1984 commercial, directed by Ridley Scott. He forged
alliances with people by clearly identifying the common enemy and fearlessly
taking the lead of the fight against it. But – and that’s instrumental to his
success – he delivered. The products, the technology and his conduction of the
fight touched, and inspired the imagination of countless advocates. He was
legit. The dragons could not have been so terrible, but he certainly made many
of us feel this way.
Then, he
was trapped. Betrayed. Expelled from his own palace, from his land, and from
his people. By some of his own mistakes, some bad alliances, and some ill-fated
choices. The hero had fallen. But the whole world watched in awe as he started
to get up slowly. On his knees, he took his sword and managed to get up. Now,
what is Next? Everybody asked. The battle that ensued was slow, bloody, and
almost destroyed the palace that he had built years before.
But he
triumphed and returned to his people. But the fight wasn’t over. It can’t be,
for the flame has to be kept alive. The original enemy had been beaten to death
(at least on the personal computers market). But a new enemy, even more
terrible, and also blue, was there. A dragon at the gates. Its name: Microsoft.
It had a powerful weapon, that it had stolen from Apple’s lands: Windows.
But our sorcerer’s
apprentice had evolved beyond that. With his new powers, he took his people far
beyond the realms of personal computing. He opened up the worlds of music,
entertainment, magical touch screens. Time and again giving people the
sensation of power in little gestures that could change the world. All the
power to our fingers. Pure enchantment.
Then, the
leader announces: the fight is over for him. He is stepping down. His poor
health stands like a testimony of the life of fights, of the long and glorious quest.
He fought for us. In the process, he happened to turn his company into the
world’s most valuable corporation.
That’s the
power of a story. As Joseph Campbell would have put it: the raw power of myth.
That’s the
challenge that lies ahead for Apple: now that the hero has gone, will it turn
into the next dragon? Can it go on with the quest? And what is it fighting for?
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Papel, Cartão e Petróleo - Pra Frente Brasil
O Brasil do futuro lê jornal de papel, paga com cartão e queima gasolina. O mundo lá fora lê nas telas, paga com telefone e usa eletricidade gerada, cada vez mais, por tecnologias não-poluentes.
Ultimamente nós, brasileiros, demos de olhar para o mundo lá fora com um certo desdém. Da marolinha do Lula, ao "mercado brasileiro para ser desfrutado por brasileiros" do Mantega, parece que o mundo inteiro tomou uma contra-mão e só nós pegamos o caminho certo e, pasmem, sem trânsito, rumo ao estrelato e aos palcos do primeiro mundo.
Talvez. Talvez não. É relativamente fácil falar em "solidez do sistema bancário" que cobra os juros mais altos do mundo e se mantém sólido às custas da fragilidade do seu cliente cativo - o consumidor brasileiro.
É legal falarmos em explosão de um mercado de consumo olhando maravilhados para massas que, finalmente, no século XXI, conquistaram o direito de comprar sabão em pó, escovar os dentes, comprar máquina de lavar, até comprar casa, talvez um carro e, quem sabe, pagar a conta de luz mais cara do mundo e o combustível e os impostos mais caros do mundo.
Mas, enquanto a gente comemora isso, o resto do mundo não está parado.
A contra-mão que alguns outros países escolheram passa pela tecnologia, pela inclusão dos já tão incluídos consumidores.
O livro de papel ainda é uma novidade por aqui (é só ver o sucesso das bienais), o que é até salutar. Afinal, se o Brasil ainda é um dos poucos mercados do mundo onde os jornais crescem de circulação é porque as pessoas finalmente têm acesso à informação e à leitura. Mas é também porque as pessoas não têm, nem terão tão cedo, acesso à Internet com um mínimo de qualidade e generalizado, nem à tecnologia dos e-readers, ou dos tablets. Já vendemos 196 mil tablets, nos informa o varejo. Puxa. O governo promete o iPad brasileiro e a Positivo lança sua versão popular a R$999,00. Uau. Agora vai.
A Amazon vendeu, sozinha, mais de 17 milhões de Kindles este ano e lança a nova versão hoje, para vender 26 milhões ano que vem. Um negócio que era simplesmente inexistente em 2007.
No Brasil, estimou o congresso da INMA (International Newspaper Marketing Association), o jornal impresso como conhecemos hoje deve perder relevância em 2027.
Enquanto por aqui tanta gente comemora a entrada no mercado de consumo, compra suas primeiras carteiras e consegue seus primeiros cartões de crédito, entra no ar nos Estados Unidos - a potência decadente - o primeiro comercial da R/GA para o Google Wallet.
E o que é o Google Wallet? O fim da carteira, como mostra George Costanza no divertido comercial. Com o Wallet, você concentra no seu Smartphone os pagamentos com cartão de crédito, seus ingressos para espetáculos, eventos esportivos, pagamentos em lojas, supermercados, etc, usando uma tecnologia segura, chamada NFC, ou Near Field Communication.
E a gente? vai levando, batendo no peito pra falar do pré-sal, discutindo (mais um) imposto para a saúde e sobretaxando carros, bicicletas e tênis importados. Esta é a nossa noção de política de mobilidade urbana. Mas essa fica para depois.
E para acompanhar uma boa leitura no seu Kindle, ou no seu iPad, deixe-se levar pelos aromas de um bom Jerez Palo Cortado, que promete a suntuosidade de um Oloroso doce e, malandramente, revela um paladar seco, limpo e surpreendente.
E para acompanhar uma boa leitura no seu Kindle, ou no seu iPad, deixe-se levar pelos aromas de um bom Jerez Palo Cortado, que promete a suntuosidade de um Oloroso doce e, malandramente, revela um paladar seco, limpo e surpreendente.
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
General Mills, larica, uma dose de coragem e boa propaganda
Esta certamente não passaria em nenhuma pesquisa. E nem seria considerada na maioria das grandes empresas. E não foi uma start-up da web, nem o produto era para jovens, mas um gigante e conservador bancou a ideia.
General Mills é uma gigante multinacional do setor de Food CPG (Consumer Packaged Goods). O que quer dizer isso? quer dizer que eles brigam por mínimas porcentagens de margens, mercados disputadíssimos, em uma arena que não aceita players pequenos. Pouco conhecidos por aqui, têm algumas marcas de maior prestígio nos EUA. Green Giant, Pillsbury, Progresso, Betty Crocker, Cheerios e Wheaties, são algumas.
E não é que vem da General Mills uma campanha corajosa e muito divertida, que rompe com todos os estereótipos aceitos, pesquisados e repesquisados por todas as empresas do setor? Vale a pena dar uma olhada. Além de super bem pensada e produzida, a campanha é inovadora no conteúdo.
O produto é um novo brownie light da marca Fiber One, que tem mais fibras. O público-alvo é a população dos chamados baby-boomers (a geração que viveu o auge do sexo, drogas e rock n' roll dos anos 60). Nada de mulheres em forma, famílias felizes, cenas de lazer ao ar livre, etc. A campanha é estrelada por Cheech e Chong, uma dupla conhecida por filmes totalmente non-sense em que vivem atrás de maconha e altos baratos.
O formato também é divertido e diferente: o (falso) lançamento do novo filme da dupla: Magic Brownie Adventure. Para entender bem a coragem da General Foods, dê um Google para magic brownie e vc vai ver o que eu quero dizer. Só, meu...
Os resultados de engajamento online e views dos vídeos já começam a aparecer. Ideia genial da agência (Publicis Modem), mas méritos de um cliente que não tem medo de errar, de tentar, para inovar.
Cheers! Vamos de Pisco Sour, o drink-símbolo do Peru, feito com pisco, um destilado de vinho feito também no Chile. Como me ensinou já há alguns (muitos) anos um senhor muito simpático, barman do histórico hotel Gran Bolívar, em Lima, o pisco sour leva pisco, suco de limão, açúcar, gelo (familiar?) e uma clara de ovo crua. Tudo junto e bem batido na coqueteleira. Depois, duas gotinhas de angostura por cima. Hay que porbarlo!
General Mills é uma gigante multinacional do setor de Food CPG (Consumer Packaged Goods). O que quer dizer isso? quer dizer que eles brigam por mínimas porcentagens de margens, mercados disputadíssimos, em uma arena que não aceita players pequenos. Pouco conhecidos por aqui, têm algumas marcas de maior prestígio nos EUA. Green Giant, Pillsbury, Progresso, Betty Crocker, Cheerios e Wheaties, são algumas.
E não é que vem da General Mills uma campanha corajosa e muito divertida, que rompe com todos os estereótipos aceitos, pesquisados e repesquisados por todas as empresas do setor? Vale a pena dar uma olhada. Além de super bem pensada e produzida, a campanha é inovadora no conteúdo.
O produto é um novo brownie light da marca Fiber One, que tem mais fibras. O público-alvo é a população dos chamados baby-boomers (a geração que viveu o auge do sexo, drogas e rock n' roll dos anos 60). Nada de mulheres em forma, famílias felizes, cenas de lazer ao ar livre, etc. A campanha é estrelada por Cheech e Chong, uma dupla conhecida por filmes totalmente non-sense em que vivem atrás de maconha e altos baratos.
O formato também é divertido e diferente: o (falso) lançamento do novo filme da dupla: Magic Brownie Adventure. Para entender bem a coragem da General Foods, dê um Google para magic brownie e vc vai ver o que eu quero dizer. Só, meu...
Os resultados de engajamento online e views dos vídeos já começam a aparecer. Ideia genial da agência (Publicis Modem), mas méritos de um cliente que não tem medo de errar, de tentar, para inovar.
Cheers! Vamos de Pisco Sour, o drink-símbolo do Peru, feito com pisco, um destilado de vinho feito também no Chile. Como me ensinou já há alguns (muitos) anos um senhor muito simpático, barman do histórico hotel Gran Bolívar, em Lima, o pisco sour leva pisco, suco de limão, açúcar, gelo (familiar?) e uma clara de ovo crua. Tudo junto e bem batido na coqueteleira. Depois, duas gotinhas de angostura por cima. Hay que porbarlo!
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Criatividade tem idade?
Steve Jobs tem 56 anos. Mark Zuckerberg tem 27. Quem arriscaria dizer qual dos dois é mais criativo? Agora com Jobs fora da Apple, a grande pergunta é como ficará a empresa que revolucionou vidas e mercados sem o seu maior inovador?
É no mínimo irônico pensar que tantas pessoas (são mais de 740.000 menções no Google, contra quase 30.000 do fundador do Facebook) dêem tanta importância a um homem de 56 anos. Afinal, se ele não é nem da Geração X, o que dizer da Y?
Por outro lado, Mark Zuckerberg tem apenas 27 anos e criou o Facebook lá pelos seus 20 anos (sete anos? Caramba! O facebook já está bem velinho, né não?!)
Chuck Close, pintor americano, nasceu em 1940 e, mesmo parcialmente paralizado desde 1988, segue sendo uma das maiores forças criativas da arte contemporânea (vale a pena ver aqui e emoutros sites e ao vivo, no MoMA e no Metropolitan Museum, em Nova York).
O importante desta história é entender que não há idade para a criatividade.
Outro dia em um grupo do Linkedin, debatia-se exatamente isto: existe uma idade limite para decretar que o sujeito não tem mais capacidade de gerar ideias criativas no mundo digital?
Acredito que não. E acredito que há um grande engano nas avaliações que o mercado faz das chamadas Gerações X e Y, assim como tantas antes e as que estão por vir.
Tenta-se classificar as pessoas de acordo com os anos de seus nascimentos e atribuir a elas um padrão cultural e comportamental homogêneo. A gente sabe que não é bem assim que acontece na vida real. Como classificar em um mesmo subgrupo pessoas nascidas em 1965 e 1981, por exemplo? Como entender que apenas quem nasceu depois disso é geração Y, porque foi alfabetizado com computadores e Internet?
Posso dizer que gente da minha geração já saiu da escola aprendendo a mexer com computadores pessoais, graças à geração chamada de baby-boomer, do Steve Jobs, por exemplo. A Internet, e-mail, as primeiras redes sociais (sim, o Orkut e o Facebook não foram os primeiros) fazem parte da cultura de uma boa parte desta geração. Será que, por receber o rótulo de Geração X, as pessoas desta geração são menos capazes de pensar o digital?
Larry Page e Sergey Brin (leia-se Google) que o digam. Só para constar, eles nasceram em 1973...
A criatividade não está ligada à idade. Nem para menos, nem para mais. Nem a línguas, nem a fronteiras. Nem a barreiras físicas. Hoje isto já é muito mais percebido do que antes. Não se deve confundir idade com capacidade criativa. E também não se deve impedir a renovação e a criatividade de prosperarem. Na essência, criatividade não é nada sem propósito. O essencial é conhecer as pessoas, a essência do drama humano e seus caminhos. E isso não muda. Podem mudar os meios, os veículos, mas não deixamos de ser humanos porque pertencemos à geração X, Y, ou Baby-Boomer, ou qualquer outra coisa.
Martin Weigel, Head de Planning da Wieden + Kennedy Amsterdam define bem este problema do ponto de vista de um planner (no blogunplanned – leia aqui): “O contexto no qual trabalhamos e as maneiras como empregamos podem estar mudando. Mas sempre mudaram, e sempre mudarão. Então, creio que o que vai assegurar nosso futuro já é verdadeiro hoje, assim como era há 40 anos.”
Abra um branco Gewurztraminer (pode ser da Alsácia, mas já temos bons chilenos e até brasileiros) geladinho – para acompanhar estas noites de inverno com calor de quase 30 graus – e inspire-se. Boas ideias!
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