O assunto do dia, da semana, que conseguiu até ter mais atenção que a crise mundial: a renúncia de Steve Jobs como CEO da Apple. Sem babar ovo, o cara realmente marcou época. Mostrou o quanto é importante ter uma visão clara a guiar os nossos passos. Eu aprendi a programar em um Apple II (claro que pirateado oficialmente sob as bençãos do governo brasileiro com a tal reserva de mercado da informática). Depois, veio o Macintosh. E tudo mudou para sempre. Mesmo quem é partidário do Windows hoje deve muito ao Mac OS e sua interface gráfica. Que não foi Steve Jobs que inventou. Mas foi ele que entendeu como levar isto ao mundo. Como foi com o iPod, com o iPhone, com o iPad...e tudo mudou para sempre. De novo.
Nem tudo o que ele fez, nem tudo o que a Apple faz deu certo. Nem é tão bacana assim. E, no final das contas, a gente não deve se esquecer nunca de que ele é um empresário e a Apple, uma empresa.
Mas a Apple tem um relacionamento de mais de 30 anos com a mesma agência de propaganda. E talvez isto esteja na origem e na essência da construção de um mito que supera qualquer definição de marca. Uma marca que se tornou um culto.
Isto também é parte da visão. E, para mim, nenhum outro comercial simboliza esta visão e tem a permanência da mensagem que a campanha Think Different alcançou. Se nunca assistiu, assista, se já viu, veja de novo. Preste atenção no texto. Quanto texto! (depois dizem que texto demais fica cansativo...) e repare: não tem produto. nem demonstração, nem pack shot, nada. Qual o ROI deste comercial? Como calcular o retorno em vendas de uma mensagem que dura até hoje? Que grudou na marca e no seu criador para sempre?
Para pensar e brindar ao Steve com um Porto velho vintage, de preferência 1955, que foi o ano do seu nascimento. Para abrir com cuidado e tomar aos poucos, saboreando e alimentando novas e bem-vindas visões do ex-CEO e novo Visionário-chefe da Apple.
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